Um dia convidei meus versos
para virem ao mundo,
apreciá-lo, admirá-lo,
compreendê-lo.
Covardes,
permaneceram.
Sabiam demasiado
do que era o mundo,
naquele pobre mundinho
de palavras jogadas no papel,
escritas por quem
acha que entende de mundo.
Mas, ah, aquele não era o mundo.
Aquele era um mundo
de papel,
plano.
Achatado.
Chato.
Tinham medo,
os versos meus,
desse mundo
de injustiças,
onde amores deixam-se perder,
esquecer-se,
onde o tempo passa
e é escasso.
Não viram a beleza
do mundo vivo,
estes meus versos.
Ah, como dói o amor,
e isto eles sabem da literatura,
mas nunca sentiram
a beleza de se sentirem
maiores depois de superar
tamanha perda.
Nunca viram a força de vontade
de um homem se levantar
dia após dia
sem pensar no que antes o fazia mover.
Não sentiram a beleza
de se renovar,
de serem a cada dia, diferentes.
Também,
ficam o dia todo naquela mesmice.
Esses meus versos,
tão chatos...
terça-feira, 12 de maio de 2009
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