O estranho é que já tive vontade
de escrever coisas
que nada têm a ver comigo.
E até escrevo.
Talvez seja a sequência
das palavras
que me fascinam.
Tolos os que por vezes
acham que me decifram
por tantas tolices (ou não)
que digo por aí,
em textos e poemas
tão vazios,
cheios de coisas bonitas,
infundadas.
Não que eu não seja nada do que escrevo
(nem sei o que Freud diria disto),
e nem que eu seja mentiroso.
As palavras saem,
minhas mãos coçam;
eu as escrevo.
Depois vejo se dizem algo.
Será que estas dizem?
Mas também,
que me importam
os julgamentos alheios?
(ou o que deveriam me importar?)
Tudo que sou é o que faço,
o que sinto,
o que levo para mim.
Não sou o que digo,
tampouco sou o que pensam,
tampouco vos engano,
só não sou tão simples assim.
Posso ser às vezes,
mas não sou sempre.
Previsível,
mas posso surpreender.
Não sou o que o papel diz,
mas não sou mais
do que ele diz.
Pois aqui, sou a melhor das pessoas.
Sou o que sente,
o que ama,
o que vive,
o que se embriaga,
o culto, que vê filmes,
lê histórias incríveis,
romances, novelas,
contos, dramas...
Mas, no fundo,
talvez eu não passe
de um jovem garoto do interior
que se deslumbrou
com o tanto de mundo
que ficou guardado
abaixo do céu!
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Um comentário:
Nossa, incrivelmente bom seu poema. :)
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