O que me faz falta
são as mulheres que nunca amei.
São as que estavam enamoradas,
as que jamais perguntei o nome,
as que se fizeram de difíceis,
dentre outros estilos.
Era uma música boa,
era uma luz boa; nem forte,
muito menos fraca.
E sentia meus joelhos firmes,
contestando os filmes e os livros.
Aqueles olhos
mal escondiam o que o corpo sentia,
mal funcionavam como barreira.
Pelo contrário,
jamais verei olhos assim,
da mesma maneira.
O brilho deles assustava,
fez o céu esquecer de sua cor noturna
e quedou-se branco naquela noite.
E tudo seria claro,
e Deus apareceria e revelaria tudo.
Mas tudo foi como veio:
devastador.
Jamais vi novamente os olhos,
ou algo que me lembrasse deles.
Foi só a fascinação,
o momento.
Tenho medo
de que se isto não for o que sonho
eu tenha de viver para sempre
neste mundo que chamam de real.
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