Não escrevo coisas tristes
Porque sou triste.
Escrevo coisas tristes
Porque são belas.
Gosto de olhar este lado
Melancólico e que traz
Todo tipo de pensamento.
Me finjo apaixonado
Para ter o que dizer,
Ter o que contar,
Ter o que confidenciar,
Pois tenho de cumprir o meu papel
De desabafar
(mesmo que não tenha nada para isto).
Vejo você se deitar,
Vejo deitar o sino
Que me anuncia triste,
E volta me badalando feliz.
Sou o que quero ser,
Sinto o que quero sentir.
Minha moeda tem duas coroas
E é especial por isto.
Assim tenho a sorte que escolho ter.
Sou autônomo. Sou meu próprio cassino.
Tento a minha sorte,
Mas ganho, pois minha sorte sou eu.
(Eu só jogo comigo mesmo
E contra mim)!
Não vou me esquecer de apagar a luz,
Pois quero ver seus olhos fecharem
E seguir tranqüilo
Sabendo que posso muito bem escolher
O que sinto por você!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
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Um comentário:
o poeta é um fingidor, diria Pessoa. Não gosto de pensar assim, mas é o que é.
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