Ainda direi bobagens do Universo
e de mim mesmo
centenas de trocenas de vezes.
Direi que nada sei
mesmo querendo me convencer
de que sou conhecedor
de muitos conhecimentos
e muitas artes
e de uma só sabedoria:
da finitude.
Mas me enganarei.
Escreverei contra mim mesmo,
me refutarei,
serei o peão
que salvará a rainha inimiga
num jogo contra eu mesmo
em busca de um empate.
Técnico, de preferência.
Andarei pelas ruas desolado,
talvez sozinho e talvez desacompanhado,
não necessariamente nessa ordem
nem nessa escala de tristeza.
Trarei amigos para perto
e com sorte afastarei poucos.
"Só um tolo não é capaz
de ler seu próprio futuro"
direi agora
com a mais absoluta das convicções
de que algum dia estarei errado hoje.
E que errarei também neste dia
quando de mim desacreditei.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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