quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

...ao Futuro

Assim vou caminhando,
pé ante pé
(o que é óbvio, senão eu cairia),
lentamente.

Não sei nada do que tem à minha frente.
Não me basta a visão para conhecer o lugar.
Me basta o que minha imaginação me der.
Mas ainda não sei como ela vai se sair.

É muito estranho não se conhecer,
achar-se dono de si mesmo
e se surpreender com suas reações.
Descobrir-se desprovido de controle.

Ah, saudade do tempo em que éramos tão simples...
"Quando foi que tudo se complicou tanto?"
Foi no tempo em que queremos crescer.
Descobrir novos horizontes.
Mas, tudo vale a pena, tudo vira história.
Depende do tamanho da alma.
Que reflete o tamanho da imaginação.

Meus pés continuam a se mover,
insistentemente.
Acho que começo a chegar em algum lugar,
não me importa muito onde.

Este mundo em que chego possui várias cores,
que se misturam, que se entrelaçam.
Se mostram em diferentes modos...
se exibem!

Salve toda essa psicodelia,
toda falta de senso,
de saber o que estou fazendo.

Salve o subconsciente,
salvem os serial-killers,
salvem-se quem puder.

Um comentário:

Rafael Rocha disse...

Por tras de todas as nuvens que pairam sobre a minha cabeça ultimamente, esse texto expressa muito do que eu tenho sentido. Mas não cheguei à quinta estrofe (ainda).

Gostei da sua mudança no ponto de vista, passou do observador analista, para um auto-analista.