Amaldiçoada por saudosistas,
por velhos e por outros
de outras gerações.
Não podemos
lutar contra o nosso sistema,
não podemos mais
usar drogas,
pois hoje é coisa
de inúteis.
Antes, de ativistas,
de engajados.
Não se pode ser rebelde,
já não há ditadura.
Isso não deveria ser
um ponto positivo
a nosso favor?
Quero que me digam,
onde sertanejo universitário
é pior do que
Roberto Carlos
e a Jovem Guarda?
Podem não ser estes
tempos de vacas gordas,
mas temos nossos expoentes.
Podem não ser tantos hoje
como os tropicais
e a velha bossa eram,
mas são nossos expoentes.
E me são mais importantes
que muitos antigos.
Viva o Baleiro,
viva Jorge (o Seu),
viva muitos outros
(que não citarei
por questões de espaço),
viva!
É minha geração,
se não é boa para vocês,
é boa para mim,
e isto basta!
Basta que digam
que não se produz,
que digam
que coisa boa
só surgiu até
1990.
Basta que digam
que tudo se acabou.
Há de haver melhores tempos,
e meus tempos
serão histórias para amanhã
(com toda certeza),
pois haverão amanhã
de ser melhores
do que os seus foram hoje.
Viva a época da transição.
Nós, que somos hoje
homens da informática,
também somos homens
que empinaram pipa,
que rolaram rolimãs,
que brincavam na rua.
Juro que um dia
falarei mal das novas gerações,
mas com toda certeza,
vai ser com aquele certeiro
sentimento que é
um pouco inveja,
um pouco saudade,
mas, mais ainda,
aquela vontade
de sentir-se velho
pois todo o resto
lhe parece muito mais novo.
sábado, 24 de outubro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário