Conseguiríamos nos amar tanto?
Saber o ponto exato que dividiria
a felicidade e o compromisso
acima de toda a rotina,
de todas as exigências e
de todos os desejos?
É difícil, eu sei,
e há muitos sacrifícios,
mas não seriam eles muitos?
Demais?
Qual é a fórmula certa
para saber a quantidade de cada coisa
as coisas que sentimos
são complicadas demais,
têm variáveis demais.
Não sei o que fazer,
o que ser,
o que calcular.
Ainda acredito
que terei algum grande amor,
não sei como,
não sei quando
e talvez essa dúvida,
mesmo cruel,
seja estritamente
necessária.
Sinto a falta de algum amor,
de alguma simplicidade
e luzes devidamente apagadas,
a descobrir erros na penumbra
mais oculta: os corpos
prontos a se amar.
Quando temos o amor,
temos a distância
(que nunca vi
amor sem distância),
quando temos só nós mesmos,
temos, embriagados,
algum sexo, alguma vontade
de sentir à flor da pele,
mas nunca
ou poucas vezes
vi os dois.
Não sei por quê
ainda continuo otimista.
domingo, 23 de maio de 2010
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Um comentário:
eu nunca (vi).
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