sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O Futuro

Ainda que me guardasse o futuro
todas as minhas certezas,
certo de que não irei me preocupar com elas
continuarei a viver como
se o mundo houvesse de acabar amanhã
mas de um modo que nunca se acabasse,
como se tudo fosse para sempre
e meu sono eterno, finito.

A morte morre para alguns,
mata para outros
e vive para poucos,
mas em mim, sei, deixo de me preocupar.
Deixo-a não ser,
deixo vago e sem sentido.
Simplesmente porque não há sentido.
O dia que chegar, acabou.
Até lá, todo o resto é infinito!

Alô, alô, aquele abraço.
Me despeço de hoje
e abençôo o amanhã por vir.
Sinto o sol querendo chegar,
atravessando a lua, deixando-a de lado,
minguante, mesmo estando cheia.
Murcha.
Que venha o que quiser vir.
Deixo os pássaros cantarem
e sigo em diante.
É a vida, tem que ser a vida.
Se não for
é por que tudo já acabou
e ninguém nos avisou!

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