domingo, 10 de maio de 2009

Palavras ao vento

Cá estou eu de novo,
com minhas poucas palavras
que levo sempre na algibeira,
com meu pouco pensamento
e meu muito sentimento.

Guardo meu coração
sempre longe de minhas mãos
por que sei
que elas não fariam o certo.
Tenho de guardar meu coração
entre estes ossos
tão apertados,
e quando muito,
deixo que ele me venha à garganta
trazer meu pranto.

Fostes tu a água
que me regou o deserto
que vivia desenterrado em mim.

Mas fostes com a força
que viestes.
Foi tanta água, devastando tudo.
"Eu pedi pra chover,
mas chover de mansinho
pra ver se nascia
uma planta no chão".

Cada dia longe
me dói tanto,
mas me dói menos
pois sei que todas
aquelas estrelas cadentes
eram sinceras,
e um amor
que se ama tanto
não deixa de amar.

Só queria sentir
que sentes o que eu sinto
e todo o resto
já me seria demais,
luxo.
Só quero que fiques bem,
mas prefiro muito
que seja comigo!

Um comentário:

thiagobs disse...

É difícil escrever com a alma...mas com o coração realmente é pra poucos. Abraço irmão cê é corajoso, admiro isso