sábado, 11 de julho de 2009

Nada, nada

Não sei por quê
mas parece que tem sempre
fantasmas a me rodear.

Não sei por quê,
não consigo fazer nada.
Não sei o que pensar,
o que fazer, o que dizer,
nem o que escrever,
e acho que por isso
estou escrevendo.

Este é mais um daqueles poemas
em que não digo nada de nada,
mas continuo escrevendo
para ver no que vai dar
e se me lembro de estar vivo.

O difícil mesmo é saber
se são fantasmas do passado,
se são ainda presentes
ou se são do futuro.

Por quê nem às 3 da manhã
não durmo?
Deveria ter algo
para dizer
o que estamos sentindo.
Brincar de ser gente grande
é mais difícil do que
eu imaginava;
quero colo
e quero ter 5 anos.

Vou desembestado
por não saber como ir.
Vou dormir
por que um dia
preciso acordar.
Boas noites, então!
Até outro dia, quem sabe...

2 comentários:

Maurício Campos Mena disse...

inquietas sombras ai vindes outra vez?

Maurício Campos Mena disse...

Esse poema responderia (ou tentaria) responder aquela pergunta lugar-comum feita aos escritores: "porque voce escreve?"