sábado, 3 de outubro de 2009

Hummanum Est

Não é à toa que seduzir
seja tão parecido com reduzir.
O homem, foge.
Os músculos,
símbolo de força e hombridade,
falham.
Tremem.

A voz, fica rouca,
e alguma palavra que estava ali
para sair,
vira um beijo,
um toque suave de lábios.

Com as vistas turvas,
delira-se.
Nunca nada pôde ser tão bonito
quanto não ver
tudo que os olhos enxergam.

E, se pudesse eu
com palavras descrever algo parecido,
com certeza não o faria.
Perderia toda a mágica.
Palavras não são dignas da sedução,
não são dignas do amor
e nem do sexo.

É quando, enfim,
reduzidos,
nos volta a forma,
e as carícias se acalmam,
ainda nos ficam os sentimentos
em toda uma confusão
que nos arrepia
não uma parte,
mas por inteiro.

Ah,
que seriam dos homens
se não fosse o calor gelado
das mulheres,
e se não fosse o "se encontrar"
em um braço feminino
que seja em si mesmo
a forma do amor,
macio e suave,
como (para mim) deve ser...

E ainda dizem
que os homens
não são todos iguais...

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