quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ensina-me a Viver

Ensina-me a não fazer.
Por quê fazer já vem como lição de casa,
como obrigação.
Ensina-me a não aprender,
pois tenho de o fazê-lo
para livrar-me de pré-conceitos.

Ensina-me a não comentar,
ensina-me a não dizer
e não falar,
para não ter perigo de errar.

Ensina-me a fazer
agradecimentos relogiosos
(não religiosos,
tampouco elogiosos),
precisos em seus dizeres,
em seu perfeito tempo.

Ensina-me a não ler as horas,
a não perceber
se é dia ou se é noite.

Ensina-me a não andar,
para não ter que vagar com rumo.

Ensina-me a desacreditar
nas bússolas
(ou nos modernos GPS's);
alguém disse que eu quero me nortear?

Ensina-me a não crer
nas entrelinhas
e seus significados obscuros.
Os significados óbvios
são os que prevalecem.

Ensina-me a não viver
pois creio na profunda
e fundamental acepção da expressão
"somos todos diferentes"!

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