segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Não deixa de ser mais do mesmo

Ficou determinado que tudo que se escreveria deveria ser sobre amor, da sociedade, críticas, intimismos ou estudos. Talvez eu também gostasse de escrever sobre o botão da televisão - que eu nem tenho - que está quebrado. Ou como o dedo quebrado me atrapalha a tocar o violão. Tenho uma internet estupidamente rápida, mas nem tenho forças para escrever sobre coisas tão cotidianas. Até que deveria ser fácil, mas daí seria difícil criar alguma expectativa ao leitor.
Em contraste a tudo que eu disse aqui, parece que voltei para a minha problemática inicial, indo de encontro a alguma crítica que eu faria. Critiquei, estudei e falei de mim mesmo. São, então, três crimes. Para reduzir a pena, falarei do dedo quebrado. É realmente estranho como não poder mexer o dedo atrapalha coisas tão banais, como digitar um texto, usar talheres ou mesmo escovar os dentes. E olha que foi um dedo que só serve para pôr anel. Nem para ser o dedo que manda alguém à merda. Pouparia trabalho, pois ele já ficaria ereto.
Mais um pouco de palavras, e mais um crime: mais uma crítica. É que também fica difícil ser do tipo resignado, que não fica do lado contrário na maioria das vezes se uma das coisas que nos diferenciam dos animais são os polegares opositores. Já nascemos para ser teimosos. Vou parar por aqui, que já estou condenado a uma vida inteira de textos sobre as mesmas coisas. Quero ainda me redimir para a próxima vida.

2 comentários:

Murilo Priê disse...

aiehiaheheha
das coisas que você tinha citado, a que mais me interessou foi justamente o dedo quebrado!
escrever é como um jogo cínico, em que a gente mostra com uma das mãos o que esconde com a outra. E nessa nós acabamos por ter de nos convercermos de que o que se ocultou surpreende inclusive a nós mesmos, o que raramente acontece. Mas não tem como não ser esse jogo entre claro e escuro; fato é que é um jogo, e não se joga sem se colocar em jogo!

me agrada ler-te!
abraços!!!

Maurício Campos Mena disse...

É foda saber do que somos capazes: ser iguais sempre. A delícia está em se enganar.

Não p(á)ara!
Abração, velho.